Num artigo de opinião na edição de hoje do DN, Nuno Severiano Teixeira, que até já foi ministro da Administração Interna – foge, cão, que te fazem barão…- desanca nos EUA a quem acusa de unilateralismo e arrogância internacional. Nuno Severiano Teixeira pertence áquela classe de políticos europeus para quem o Diabo está na outra margem do Atlântico e Bush é um sério candidato a genocida. Nuno Severiano Teixeira cita exemplos do sucesso da propaganda de Esquerda: na Europa e no Japão, nove em cada dez pessoas ouviram falar de Guantánamo e Abu Ghraib. E lembra que a imagem do iraquiano nú puxado pela trela por uma militar americana tornou-se um ícone tão forte como o da menina vietnamita que foge nua pela estrada de um ataque de napalm – imagem que ilustra este post.
Nuno Severiano Teixeira está enganado, em matéria de posicionamento partidário. O que não é de admirar, nesse "centrão" cinzento que engloba hoje PSD e PS. Anda por lá tudo o que só aspira a poder, comendas e comezainas. Este tipo de discurso é mais típico desse saco de gatos ideológico que é o Bloco de Esquerda. Mas nunca se deve menosprezar a capacidade de cuspir no próprio prato de sopa, imagem de marca da Esquerda. O horror que vive na outra margem do Atlântico conseguiu derrotar a maior ameaça à Liberdade que marcou todo o século XX, o Comunismo. O medo de que consiga fazê-lo ao Terrorismo incita gente como o Nuno Severiano Teixeira a encher páginas de jornais com prosas de nítida má qualidade e raciocínios torpes.
Se o inefável Nuno Severiano Teixeira fosse mais honesto, politicamente, deveria lembrar o que aconteceu à criança vietnamita, anos depois do "triunfo" dos libertadores do Vietname do Sul. Mas isso não lhe convém. A única coisa que lhe interessa é o "retrato" dos americanos, enquanto monstros. Porque esta jovem é hoje cidadã canadiana, após ter fugido do seu país, tal como centenas de milhar de desesperados. Na altura – lembram-se? – chamavam-lhes "boat people". Arriscavam a vida, tal como os balseros cubanos, para abandonar o "paraíso" construído pelos comunistas. O mesmo paraíso que os 50 mil mortos americanos naquela guerra tentaram evitar. Quem fica mal na foto, ó Nuno Severiano Teixeira, é você, com o seu anti-americanismo primário.
o que aconteceu a crianca no vietname ou aos vietnamitas desculpa as atitudes tomadas pelos americanos!!!
o tipo de argumentacao a k o sr.MZ nos tem habituado e tipico duma crianca de 8 anos!!!! mete pena!!!
Da boca das crianças sai a verdade…
mais uma argumentacao acriancada!!!!!
Reflexão bem estruturada, sem dúvida. Mas permita-me discordar. Já Hitler, Mussolini e Salazar diziam que o comunismo era a grande ameaça do século. A meu ver, a grande ameaça não é o comunismo, mas sim o capitalismo defendido por fascistas sob a capa da luta pela democracia. A imagem do iraquiano é disso exemplo, sim. Porque democracia nunca houve lá no Iraque (nem vai haver tão cedo), mas também não há armas de destruição maciça. O que há é muito petróleo…. Portanto, não acredito que os americanos (e aqui estou a falar dos governantes, não dos pobres coitados que dão a vida literalmente por um país que retribui com uma bandeira dobrada ) foram para lá embalados no espírito de salvadores da pátria, tal como não foram para o Vietname.
Só mais uma coisa: “centenas de milhar” não existe. E para não pensar que estou a inventar: vá a http://ciberduvidas.sapo.pt/php/resposta.php?id=7162
Pois. Democracia é bom para brancos, certo? Nunca houve (nem vai haver tão cedo), escreve a Ana…
Para o senhor ‘Anónimo’: se o senhor acha que num país como o Iraque, completamente destruído, com atentados diários e mortos nas estradas é possível instaurar uma democracia num tempo próximo, acho que vive num mundo cor-de-rosa. A democracia não é boa só para brancos. Mas usar a democracia como pano de fundo para a invasão de um país não me parece certo…. (lá estou eu com o meu anti-americanismo….)
Mas acredito que a democracia é possível no Iraque. Mas não agora, não com outros países à perna. De facto, na 1ª Guerra do Golfo metade dos iraquianos opinaram que preferiam a via democrática. Mas os EUA não fizeram caso disso. Para mais informação, ler Noam Chomsky, mais propriamente “A Manipulação dos Media”.
Arrrrghh! Noam Chomsky! Meu Deus! Tão baixo que este debate desceu! Desisto! Antes o Fernando Rosas, que é tão fanático como o Chomsky, mas fala português…
Vá lá, o Canadá ainda vai aceitando uns imigrantes.
Pois. Quando descobre que esses mesmos imigrantes estão a conspirar para tomar de assalto o Parlamento e decapitar ali o primeiro-ministro, arrependem-se por ser tão tolerantes…