E esta frase, será racista? Ou xenófoba?

“Gosto de música africana feita por africanos e que reflicta a identidade africana. Há africanos que nada têem de África. Estes não os gosto” – Egídio Vaz, bloguista do Ideias de Moçambique.

34 Responses to E esta frase, será racista? Ou xenófoba?

  1. Bob diz:

    O MZ já devia saber que se alguém criar uma revista intitulada “Orgulho Branco” ou “Poder Branco” leva logo um rótulo de racista tal como quem a ler, mas se for “Orgulho Negro” já é um defensor dos direitos humanos ou da igualdade de direitos…

  2. Kursch diz:

    O comentário do Bob disse tudo.

  3. Anónimo diz:

    não disse nada,
    a melhor frase ainda será: engulho cinzento!

  4. Whois? diz:

    Melhor… Entulho Preto xD

  5. Whois? diz:

    MZ… não deve ter ainda visto este blog:
    http://blogdotuga.blogspot.com/

    intitulado de “Tuga”

    Um post:

    ” Hino Nacional de Moçambique

    Aqui vai o Hino Nacional de Moçambique. Não sei porque mas nos dias que correm, há em Moçambique uma grande vontade de se ser “moçambicano”, projectando o rogulho nacional. Infelizmente, os nossos políticos é que tratam de provar o contrário, com tantas tragédias a nos seguir dia após dia.
    Abraço.”

    Escrito por quem…? Não se sabe sem se ver não é?

    “[NOTA: dou inicio hoje a um conjunto de posts sobre diferentes “especies” de Tugas que habitam este espaço comum chamado Portugal]

    O Sanguetuga é provavelmente a especie mais comum da fauna portuguesa. Tão comum que é mais uma caracteristica do que uma sub-especie de Tugas.” Temos aqui alguém que defende a 100% o país… mas o dele… se esta gente não se sente bem… que “baze” daqui para fora…

  6. Egidio Vaz diz:

    Um abraço pelas críticas. Às vezes deixamos o espírito falar mais alto. FOI O QUE FIZ e não corrigirei. Esse é o Egídio Vaz espirital. Todos nós devemos ser orgulhosos por aquilo que somos. É uma dádiva. Ninguém deve ser inferior ou ser submetido à inferioridade devido a sua infelicidade. Por isso, agradeço ao MZ pela chamada de atenção às minhas preferências musicais. Só que foi há bastante tempo. Agora adoro o Paulo Gonzo, durmo a escutar a Antena Um da DRP; o Telejornal, é sempre português, assim que o meu da TVM trmina. E esse portuguê, também é português. Uso-o para comunicar consigo. Portanto, se um dia quiser tirar-me essa herança camoniana, hei de ser-te mui violento.

  7. Bob diz:

    O Egidio faz muito bem por amar o seu pais e cultura. O que o MZ está a tentar passar é que quando algum português de origem diz ser nacionalista é logo intitulado com outros dois ou três adjectivos que não têm correspondência nenhuma…

  8. Stran diz:

    Para Whois: “”O Sanguetuga é provavelmente a especie mais comum da fauna portuguesa. Tão comum que é mais uma caracteristica do que uma sub-especie de Tugas.” Temos aqui alguém que defende a 100% o país… mas o dele… se esta gente não se sente bem… que “baze” daqui para fora…”

    Só um pequeno reparo, quem escreveu esta frase fui eu e não o Egidio. E defendo 100% o meu país como tu dizes, tens razão. Defendo 100% o meu País – Portugal – o que não me impede de falar do que bem e mal se passa em Portugal. Quanto a “bazar” daqui para fora espero que não tenha a velha conotação de “vai mas é para a tua terra!” pois se foi é caso para dizer: Baza para fora cá dentro!

  9. Gnomo Verde diz:

    Infelizmente não podemos discutir com esta gente de forma séria porque acabam por desdizer o que disseram. Existe muita hipocrisia num discurso que sabe que seria prejudicial se fosse reafirmado. Há africanos que nada têem de África. Estes não os gosto”. Quem é que poderia defender tal ideia? Ninguém pelo que parece.

  10. Stran diz:

    Não percebi gnomo…

  11. Egidio Vaz diz:

    Oh Gnomo,
    Você está a ler a frase descontextualmente. E fá-lo ppr má fé. Volte à referência feita pelo MZ e confira o que lá escrevi. De que preferência eu tratava. E sobre isso não vou discutir. Trata-se de um debate falacioso, em que se tenta desencaminhar, à todo o custo, o essencial. Qaundo disse que gosto de música africana, feita pelos africanos e que reflictam a realidade africana… e o que assim não procedam não os gosto.. era exactamente para clarificar o tipo da música que eu admirava. E foi no longínquo 2005, se não me engano. Hoje, como antes teria dito, já mudei de vontades. A propósito, sabia que existem brancos africanos e músicos? Cá em Moçambique, temos um grande músico moçambicano (de raça branca, se quiser) que tanto gosto. Canta Marrabenta, dança típica do sul de Moçambique. Também tem gravadas, músicas do estilo rock. Muito moçambicanizado. Amável, é o seu nome. Portanto, não é nada de xenofobia. A placa que está na Pombal sim.

  12. Anónimo diz:

    Egídio Vaz, ainda nos considera racistas e xenófobos?

  13. Vera diz:

    O comentário anterior é meu.

  14. Miguel diz:

    Tambem, qual é o mal de ser xenofobo? É normal eu nao gostar do que é diferente de mim. Normalissimo.
    Agora atribuir qualidades/defeitos a pessoas so porque sao de certa raça, fazendo um generalizaçao e nao querendo saber do inviduo (racismo) ja é meio retardado…

  15. Vera diz:

    “Agora atribuir qualidades/defeitos a pessoas so porque sao de certa raça, fazendo um generalizaçao e nao querendo saber do inviduo (racismo) ja é meio retardado…”

    Mas tu fazer isso na xenofobia, simplesmente o critério é o da nacionalidade e não o da raça.

  16. Miguel diz:

    Nao nao faço. Na xenofobia pura e simplesmente olho para alguem e penso…
    “A lingua dele é diferente da minha, os seus modos sao diferentes, o seu aspecto é diferente…nao gosto dele”

    Racismo seria olhar para alguem de certa raça/cultura (o que seja ate porque hoje em dia o termo abrange muita coisa) e fazer duas coisas….
    Pensar que por ele ser daquela raça, ele sera como outras pessoas da mesma raça, e pior, achar que so porque eu sou da raça xpto e ele doutra, eu sou superior e ele inferior.

    Alias pasta olhar paras as palavras….”xenophobia”=medo do estranho. É diferente e basta. Eu gosto de estar com Portugueses e sentir-me em Portugal. No meio de pessoas “diferentes” provavelmente sentir-me-ia desconfortavel. Como disse, é uma reacçao human natural.
    Racismo é um salto que vem a seguir ja requer (mau) raciocinio. Estabelece uma hierarquia racial, e atribui qualidades inerentes a individuos so por serem de determinada raça.

  17. Miguel diz:

    Por exemplo…xenofobo olha para um Africano e pensa:

    “Epah, aquele gajo é estranho, é diferent de mim, fala uma lingua diferente e o seus habitos sao esquisitos…Não gosto disso, vou evita-lo”

    Um racista pensa:

    “Ah..um preto, um ser de raça inferior, certamente sera preguiçoso, ladrao e violador tal como todos os pretos. Esta-lhe no sangue”

  18. Miguel diz:

    Portanto a frase é xenofoba ja agora….

  19. Vera diz:

    ““A lingua dele é diferente da minha, os seus modos sao diferentes, o seu aspecto é diferente…nao gosto dele””

    E no racismo pensas “a minha raça é diferente da dele, o seu aspecto é diferente..não gosto dele.”
    E, muitas vezes, não consegues identificar a nacionalidade pelo aspecto.
    Bom, são dois tipos de discrimnação…se achas o racismo ridículo, não percebo porque não consideras a xenofobia ridicula, qd ainda é mais irracional.

  20. Anónimo diz:

    Como disse, o medo do desconhecido é uma reacçao natural nos seres vivos, incluindo nos humanos. Eu nao disse que era racional, obviamente que nao é.
    O racismo por outro lado ja é mais elaborado e bastante mais perigoso.
    Eu nao sou obrigado a gostar dos outros e a dar-me com eles, mas dai a maltrata-los vai um grande passo.

    E a raça é algo inerente, enquanto a cultura nao. A raça nao pode ser mudada, e no fundo nao interessa muito, enquanto que a cultura é o oposto. Eu preferia mil vezes viver num bairro com muitos pretos que fossem como eu culturalmente, do que num bairro cheio de muçulmanos brancos.

  21. Miguel diz:

    Eu sou o anonimo…um bocado obvio mas pronto.

    A xenofobia tambem pode levar a discriminaçao obviamente, mas é mais facilmente contornavel…”se um muçulmano é discriminado, entao que deixe do ser” enquanto que um preto nunca podera ficar branco obviamente..e escapar ao racismo. E vai estar a ser punido apenas pela sua raça, que como disse nao tem relevo nenhum para a sua personalidade, modos, o que seja, ao contrario da cultura.

  22. Stran diz:

    Sim, mas se a xenofobia é irracional então uma pessoa que não a combata está a ser irracional, ou no minimo a ter comportamentos irracionais. Culturalmente ambas as palavras têm praticamente o mesmo significado embora a sua natureza seja diferente. uma provoca discriminação pelo que é estranho e outra pela raça. O problema da discriminação é que deve ser combatido…

  23. Vera diz:

    Mas no racismo também não gostas porque é diferente. A razão da diferença é que é outra.

  24. Lidador diz:

    Este tema do racismo é interessante e presta-se à execração politicamente correcta que tende a impedir as pessoas de pensar por si próprias.

    A verdade é que existem diferenças genéticas entre grupos humanos a que catalogamos de raças.
    Não somos iguais.
    Os negros, para além da côr da pele, tem grupos musculares mais aptos à corrida que os brancos, por exemplo.
    E têm os poros mais dilatados claudicando mais rapidamente em condições de calor extremo, se não beberem, porque perdem mais água e mais sais. E tb resistem menos ao frio.

    Reconhecer isto não é “preconceito” nem xenofobia.
    Preconceito é fazer de conta que não há raças e que a única coisa que distingue as raças é a côr.
    As raças existem e são diferentes…uns são melhores que outros em áreas diferentes.
    Os grupos humanos (raças), partilham certas características médias que os distinguem uns dos outros , embora haja negróides sem melanina e brancos que correm muito bem os 100 metros.
    Todavia se se tomarem amostras significativas, os valores médios são diferentes.
    Ou seja, se tiver uma amostra aleatória de 1000 negros e 1000 brancos, a média do grupo dos brancos em determinados testes de raciocínio matemático, por exemplo, é superior à média do grupo dos negros, se bem que haja muitos negros com melhores resultados que muitos brancos. O inverso se passa numa corrida de 100 metros.

    Assumir essas diferenças não é “racismo” mas realismo.
    Quanto aos ódios e amores, a “teoria da distinção”, mostra que as pessoas, num contexto particular, definem a sua identidade pelo que não são. Por exemplo, uma mulher médica no meio de 10 mulheres de outras profissões, define-se como “médica”. No meio de 10 médicos, todos homens, define-se como “mulher”.
    Não há nenhum drama nisso. É assim mesmo que somos, goste-se ou não.

    A negação racial assenta fundamentalmente em motivações ideológicas e sócio-políticas. Os “negacionistas” acreditam que a ideia de raça é um conceito socialmente perigoso e promove o racismo, pelo que é a agenda do políticamemte correcto que os faz mover, negando mesmo as evidências

    E apesar de a maioria dos antropologistas biológicos aceitarem a noção de raça, poucos se atrevem a publicar papers, pelo que não estamos a lidar com ciência, mas com censura ideológicamente motivada”

    A verdade é que o tabu social sobre a raça, tem servido para suprimir o debate, e pode levar à perversidade de se dizer que, uma vez que não existem raças, então não existe o racismo.

  25. Stran diz:

    “Reconhecer isto não é “preconceito” nem xenofobia.”

    Não se o que disseste está cientificamente provado mas vamos partir do pressuposto que sim. Nesse caso o que tu dizes é verdade mas falta acrescentar o seguinte: Utilizar esses factos para construir um modelo social não é politica é estúpido!

    Já agora o que é que quiseste dizer com a ultima frase?

  26. Lidador diz:

    Caro Stran, um dos argumentos dos obcecados politicamente correctos, é que não existem raças…que somos todos iguais…que as diferenças não são significativas.

    Ora se não há raças, então não há racismo..

    qed.

  27. Stran diz:

    A ultima parte é uma verdade tão óbvia como as que denuncias. Se em biologia existem raças humanas (como disse não sou especialista) também é óbvio “que as diferenças não são significativas” o que qualquer biólogo deverá concordar. Aliás a diferença entre pessoas existe até na própria raça por isso não é nada que me preocupe.

    Agora racismo é algo que existe e que é óbvio!

  28. Lidador diz:

    Claro que existe. E basta o meu caro amigo trabalhar uns meses em Angola ou passear pelo Zimbabwe, para verificar isso na própria pele.

    Mas esse é o racismo politicamente correcto, não é?

  29. Stran diz:

    Não, não é. Mas não precisas de viajar muito para encontrar basta ires ao encontro de Hamerskins em Lisboa (se não estou enganado) a 21 deste mês, também encontrarás muito racismo!

  30. Lidador diz:

    Caro Stran…que não seja pela demora. Vá hoje mesmo a certos banlieus que o MZ tem descrito e terá uma noção ao vivo do que é o racismo.

    Se sair de lá com a cabeça inteira e a carteira no bolso, venha-ma amanhã contar coisas.

    Ah, e que tal meter os seus filhos numa daquelas escolas onde levam porrada de criar bicho só pelo facto de serem brancas?

    Vai fazê-lo, não vai?
    Ou o seu activismo é só de cadeira?

  31. Stran diz:

    Mas alguém me ouvi dizer que o racismo é algo apenas dos skinheads, se o afirmasse estava a ser por definição a ser racista!

    No entanto o problema da violência não é uma questão de raça é uma questão de pobreza, pobreza economica e pobreza de inteligência!

    Vivi num bairro em que 80% eram imigrantes e 99% migrantes e não era um bairro violento!

    Mas se tivesse filhos colocar-os-ia numa escola estatal da minha residência, sim, sem problemas.

    E já disse o dia 21 também é um bom sitio para ver racismo ao vivo!!!

    Já agora (embora ultimamente não tenho conhecimento) a violência que existia não era de maneira nenhuma maioritariamente racista!!!

  32. Lidador diz:

    “Se” tivesse filhos, caro Stran?

    POis é, o problema está todo nesse “Se”.

    As posições olímpicas são sempre tomadas na estratosfera.

    Mas eu, que os tenho, sei que uma coisa é o verniz da farronca e outra a realidade da natureza humana.

    Se e quando tiver filhos, vai fazer tudo para que eles tenham as melhores oportunidades e nem por um momento lhe passará pela cabeça usá-los como cobaias das suas miragens ideológicas.

    Os genes encarregam-se disso, pese embora a retórica oca.

    É que você está aqui, porque os seus ancestrais eram lutadores, sobreviventes e defendiam os seus filhos.
    Com sucesso, porque você existe e herdou os seus genes.

    Eles falarão na altura própria.

    Olhe, o caso do Dr Louçã!

    Igualdade, minorias, escolas bilingues e mestiçagem forçada, e tal, mas tratou de mandar a sua filha estudar para o estrangeiro , em pérfidos países capitalistas e “neoliberais”.
    Os genes estão lá, e desmentem a converseta.
    Herdou-os do seu pai, almirante do Estado- Novo.

    Você há-de crescer…

  33. Stran diz:

    Fazes um julgamento de valor rápido e errado, e não existe nenhuma posição olímpica na estratosfera.

    “Se e quando tiver filhos, vai fazer tudo para que eles tenham as melhores oportunidades e nem por um momento lhe passará pela cabeça usá-los como cobaias das suas miragens ideológicas.”

    Isto não é incompatível com o que eu disse, aliás pelo contrário. quando estava a falar de se tivesse filhos colocaria numa escola do estado do meu local de residência é porque acho que é o melhor sitio que uma criança pode ter para iniciar a formação educacional, é o que lhe permite estar em contacto com múltiplas realidades sociais e sejamos honestos os professores são tão bons ou melhores do que uma escola privada. Pelo que não é retórica parva, é o que na minha opinião seria melhor para a educação de um filho meu.

    “É que você está aqui, porque os seus ancestrais eram lutadores, sobreviventes e defendiam os seus filhos.” Eu sei, conheço melhor do que ninguém, como é obvio, os meus pais e a educação que me deram. A minha posição não é imcompativel com esse facto.

    “Você há-de crescer…” Eu espero crescer todos os dias até morrer e nunca ficar com uma posição dogmática e nunca de cair no erro de julgar os outros precipitadamente ou não questionar todos os aspectos das várias questões que se me colocam na vida.

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