“Papá, encolhi a empresa…”

10/13/2007

Eu ando aqui sempre de olho no talão do Multibanco, a fazer contas – e não ganho mal… – para ver se lá tenho que chegue quando cai a prestação da casa e outros descontos implacáveis. E leio agora, nos jornais, que uma empresa onde o filho do homem-forte do BCP Millenium tinha participação viu uma dívida ao mesmo banco resolvida, sem que mandassem o tribunal apertar-lhe os calos.

O jovem não sai ao pai, ao que parece. Meteu-se em negócios e, no fim, a empresa de que fazia parte, estava mais vazia que carteira de pobre. Valeu-lhe ser filho de quem é?


Catalina abriu a pestana

10/13/2007

Após quatro anos e meio à frente da Casa Pia, Catalina Pestana, deixou a instituição antes de terminar o julgamento de pedofilia, mesmo depois de a sua comissão de serviço ter sido prolongada para acompanhar a sua reestruturação. A antiga provedora afirmou, em entrevista ao semanário Sol, “não ter dúvidas nenhumas de que ainda existem abusadores internos” na instituição, assim como que tem “fortes suspeitas de redes externas que continuam a usar miúdos da Casa Pia (de Lisboa) para abusos sexuais”.

Catalina Pestana, nomeada provedora no final do ano de 2003, após ter sido tornado público o caso de pedofilia com alunos daquele estabelecimento, revelou que um dia antes de abandonar o cargo, a 10 de Maio desse ano, escreveu uma carta ao Procurador-Geral da República, na qual contava “detalhadamente” as suas suspeitas.

Os trabalhadores da Casa Pia lembram que Catalina Pestana, que se aposentou do cargo de provedora a 11 de Maio passado, trabalhou na Casa Pia durante 12 anos (entre 1975 e 1987), exercendo funções de professora, directora de um dos colégios e assessora da administração.

Ora a Sra. Dra. Catalina, pelos vistos, abriu a pestana. Em doze anos de Casa Pia, nunca viu nem ouviu falar de pedofilia, como ela própria confessa ao Sol. Andou a mandar naquilo durante os últimos anos e, no último dia, antes de sair, descobriu que pouco ou nada tinha feito? Que a pedofilia continuava, na Casa Pia? Reze meia-dúzia de terços, ingira uns bons tragos de líquidos vasodilatadores e espero que não lhe dê mais nenhum AVC. Sinceramente. Senão, ainda dizem que foi vítima de um atentado.


“Rule, Britannia! Britannia, rule the waves..”

10/04/2007

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Com ar tristonho e semblante carregado, o magistrado que chefia a Polícia Judiciária balbucia, parece que a medo, uma frase diante do microfone do jornalista: “Razões óbvias…”. E é com esta frontalidade e clareza que o director da PJ explica porque colocou um par de patins ao homem que tem dirigido, no terreno, a investigação sobre o desaparecimento de uma menina loira de olhos azuis.

Os jornais ingleses explodiram de alegria, deitaram foguetes e até um patarata que trabalhava no gabinete do Primeiro-Ministro inglês e agora faz de porta-voz do casal McCann vem dizer que os principais suspeitos do desaparecimento da menina de olhos azuis querem que o novo responsável pela investigação altere a orientação do inquérito crime e que a PJ deixe de os considerar suspeitos.

Por quem sois! Com certeza! Vas. Exas. mandam! Já agora, porque não deixar que sejam os próprios suspeitos a escolher quem vai substituir o Inspector-Chefe Gonçalo Amaral?