Em Fevereiro de 2006, comentei aqui um texto de um jovem inteligente e precoce, de seu nome Vitório Rosário Cardoso, publicado num bloque (“Portas do Cerco“) que, entretanto, desapareceu. Para minha surpresa, mão amiga deu-me notícia de que o mesmo jovem desempenha, desde Setembro de 2009, as funções de assessor de Imprensa e Comunicação da Embaixada da República Democrática de Timor-Leste em Portugal e adjunto da embaixadora.
Percurso interessante, o deste jovem, que há pouco tempo afirmava que o cônsul Aristides de Sousa Mendes, que “alegadamente ajudou salvar vidas judias durante a II Guerra Mundial (…) pôs exactamente em risco a perenidade de Portugal e a vida de todos os portugueses ao desrespeitar as ordens do Presidente do Conselho e daí a célebre repreensão que António de Oliveira Salazar deu ao diplomata, acção essa que tem sido propositadamente e politicamente mal interpretada e contada pelos políticos de Abril.”
As voltas que o mundo dá! O jovem que manifestava recentemente um entusiasmo estridente por António de Oliveira Salazar, agora é assessor de Imprensa da embaixada de um país estrangeiro—