“Als die Nazis die Kommunisten holten” (1)
Martin Niemoller foi oficial da Marinha alemã e comandou um submarino, durante a I Guerra Mundial. Teve um percurso político que começou na extrema-direita e o levou a participar nas violentas lutas políticas e revoltas que marcaram o período antes do estabelecimento da Repúblida de Weimar, apoiando posteriormente a subida ao poder de Adolf Hitler.
Depois, resolveu estudar teologia e foi ordenado pastor da Igreja Protestante Alemã em 1929. Exerceu o seu ministério na Igreja de Dahlem. No dia 27 de Junho de 1937, no seu habitual sermão, criticou a prisão de oito mebros do clero, detidos pela Gestapo no interior da Igreja de Brethren .
Preso no dia 1 de Julho de 1937 é condenado a uma pena de prisão de 7 meses por actividades contra o Estado. Foi libertado logo após a setença, por já ter cumprido essa pena em prisão preventiva. A Gestapo deteve-o novamente e enviou-o, sem culpa formada nem julgamento, para os campos de concentração de Sachsenhausen e Dachau, onde esteve detido entre 1938 e 1945, até o campo ser libertado pelas forças aliadas. Embora alguns historiadores coloquem dúvidas sobre isso, é-lhe atribuída a autoria de um famoso poema, “Als die Nazis die Kommunisten holten”, no original, em alemão ( Berltold Brecht é, frequentemente, apondato como autor deste poema, mas isso é falso)
Als die Nazis die Kommunisten holten,
habe ich geschwiegen;
ich war ja kein Kommunist.
Als sie die Sozialdemokraten einsperrten,
habe ich geschwiegen;
ich war ja kein Sozialdemokrat.
Als sie die Gewerkschafter holten,
habe ich nicht protestiert;
ich war ja kein Gewerkschafter.
Als sie mich holten,
gab es keinen mehr, der protestieren konnte.
Tradução – com algumas liberdades literárias (*):
Quando os Nazis vieram buscar os comunistas,
Nada fiz para os defender,
E assim fiquei, calado.
Quando apanharam os sociais-democratas,
Fingi nada saber
E assim fiquei, parado.
Quando chegou a vez dos sindicalistas
Olhei, sem querer ver
E assim fiquei, assustado.
Quando me vieram prender
Já não havia ninguém a meu lado.
(*) – Tradução e Copyright: Máquina Zero
1 – Dedicado ao meu caro adversário “Teixeira”, na sequência deste seu comentário.