Directores afastados ainda sem substitutos
Tenho andado a tentar lembrar-me das notícias publicadas no DN e no 24 Horas, nos dias anteriores às demissões dos respectivos directores. Isto porque me custa a acreditar que um empresário da dimensão de Joaquim Oliveira tenha acordado, um belo dia, e chegado à conclusão que ambos os jornais estavam a perder leitores, nesse mesmo dia. E que o mesmo empresário tenha decidido, depois do almoço, demitir o António José Teixeira e o Pedro Tadeu, sem ter quem os substituísse. Os dois jornais têm vindo a perder leitores há mais de um ano. No dia em que Joaquim Oliveira tomou a decisão, não houve novos dados da Marktest, nem novos estudos de audiência sobre a queda dos dois periódicos.
Ou Joaquim Oliveira é um homem de humores a quem lhe dão os azeites e vai tudo raso de bolaria, quando acorda mal-disposto, ou aqui há gato. Mas no esforço de memória que refiro, nas primeiras linhas deste post, só me vem à cabeça uma manchete do 24 Horas, onde se falava numa empresa que funciona nas instalações da SIC e que faz cópias de filmes pornográficos para DVD – manchete, aliás, onde o rosto de Francisco Balsemão enchia a capa do jornal. Quanto ao DN, não me lembro de nada em especial. Mas isto de demitir directores de jornais sem ter quem os substitua, é estranho. Muito estranho.