…e emigrava para a República do Djibuti, se fosse algum dos titulares do cargo de Director-Geral dos Impostos que antecederam Paulo Macedo. “Desde que assumiu o cargo de Director Geral dos Impostos, em Maio de 2004, Macedo, antigo administrador do Grupo Millenium BCP, endureceu de tal forma o combate à fraude fiscal que as cobranças de impostos em falta quase duplicaram. De um encaixe total de 830 milhões de euros, chegou-se em apenas 2 anos, a uma cobrança de 1.500 milhões de euros”, de acordo com esta notícia da SIC.
O que andaram lá a fazer os anteriores directores-gerais? Não tinham os mesmos meios legais, recursos humanos e técnicos que Paulo Macedo tem? Estavam distraídos? Eram incompetentes? Não eram tão eficazes no combate à evasão fiscal porque não ganhavam os 23.500 euros que Paulo Macedo aufere (*)? Por que razão os jornais, rádios e televisão falaram tanto deste tema e ninguém colocou estas questões? Por que motivo nenhum jornalista foi falar com anteriores directores da Direcção-Geral dos Impostos, para os questionar sobre as razões do seu fracasso, comparado com o extraordinário sucesso de Paulo Macedo?
(*) Nota: O ordenado máximo, na Função Pública, deveria ser o do Primeiro-Ministro, que ganha cerca de 4.700 euros.