De que ri a hiena?

rm_hiena.gif

Nas grandes pradarias africanas há um animal que só ataca em matilha, cheira horrorosamente mal, é feio como um monstro pré-histórico, come cadáveres e tem uma forma muito específica de assinalar a sua presença: um grunhido gutural, que parece uma autêntica gargalhada. Ao saber que o casamento entre estrangeiros e portugueses tem aumentado, o Alto-Comissário para a Imigração e para as Minorias Étnicas, um tal Rui Marques, “alegra-se”. Presumo que, alegrando-se, também se ri. Imagino-o olhando as estatísticas e largando sonoras gargalhadas.

Os enlaces entre portugueses – muitos de origem africana – e africanos aumentaram ? Rui Marques “alegra-se” e ri, às gargalhadas (presumo eu). Os casamentos com naturais de países como Marrocos, Egipto, Tunísia ganharam terreno? Rui Marques “alegra-se” e ri, às gargalhadas (presumo eu). Em Portugal, como noutros países da União Europeia, o dito “casamento branco” – falso, para adquirir direito à residência ou nacionalidade – floresce? Será que, aqui, Rui Marques “alegra-se”, como nos casos anteriores? E será que também ri, às gargalhadas? Ou, neste caso, adquire alguma compostura e assume uma alegria discreta, feita de uma sombra de sorriso, um ligeiro franzir de lábios, tipo Mona Lisa?

Afinal, porque se alegra (e, presumo eu, ri…) Rui Marques? Teremos aqui alguém que fará concorrência ao fabuloso Daniel Oliveira, o português (??) que quer ver os portugueses substituídos por imigrantes? Alguém que, ao ver bairros inteiros povoados por gente que, culturalmente nada tem a ver com Portugal, sente o peito cheio e um nó na garganta, reprimindo a custo as lágrimas de felicidade que lhe brotam dos olhos? Alguém que, olhando para as escolas onde dezenas de línguas e culturas diferentes se agridem, numa convivência forçada e desastrosa, feita de gangs, assaltos, violência e espancamentos, dá saltinhos de alegria, intercalados com guinchos de satisfação? Alguém que detesta o seu concidadão, se ele for caucasiano e cristão, como são a largíssima maioria dos portugueses, assoberbado por esse irreprimível desejo de ver um “melting pot” em cada esquina, semente de distúrbios como os de Los Angeles?

Mas alegra-se com quê, este Rui Marques? Se é difícil adivinhar porque ri a hiena, um animal feio, que come restos e cheira mal, mais difícil é saber porque se alegra o Alto-Comissário para a Imigração e para as Minorias Étnicas, Rui Marques, quando olha para estatísticas revelando que há cada vez mais portugueses a casar com estrangeiros.

6 Responses to De que ri a hiena?

  1. Bill diz:

    És de extrema direita ou fascita?

  2. De uma coisa tenho a certeza: não faço parte da mesma matilha que tu…

  3. maria diz:

    Mas quem é o nvejoso que escreve estev artigo, que presume tanto e julga tanto os outros? Português no seu melhor: nem fazem naem deixam fazer

  4. António Marcelo diz:

    Click to access inmigracion_sus_peligros.pdf

    http://inmigracion-sus-peligros.iespana.es/

    Passados alguns dias traduzirei alguns parágrafos. Este ensaio foi escrito no ano 2000. As cifras lá expostas foram largamente ultrapassadas. Hoje em dia calculam-se em Espanha entre 3 e 4 milhões de estrangeiros, legais e ilegais. Se a esta massa acrescentarmos os nacionalizados (que desaparecem das estatísticas e os filhos de imigrantes nascidos ou crescidos no país, o total pode ser estimado em mais de 6 milhões de estrangeiros e descendentes.

    Vamos ver aquilo que escondem as cifras manipuladas: em 1.977 a população atingia 35 milhões de habitantes. Desde a instauração da democracia, e em consequência da legalização dos anticonceptivos e do aborto a natalidade decresceu consideravelmente. Se o total de habitantes actuais é de 43 milhões, são de origem europeia talvez 37 milhões. E o resto?

    Desde que Zapatero atingiu o poder a media de entrada anual encontra-se entre 700.000 ou 800.000 estrangeiros por ano. Os empresários festejam com alegria esta catástrofe demográfica porque graças a ela dispõem de uma mão-de-obra barata e dócil. A renda per cápita e os salários reais desceram em vários pontos e a esquerda fica extasiada com esses novos ídolos de barro que chamam multiculturalidade e mestiçagem.

  5. […] Outubro do ano passado recordei aqui esse animal repelente e viscoso que percorre as pradarias africanas, em largas matilhas, atacando […]

Deixe uma resposta para Textos seleccionados (I) « Máquina Zero Cancelar resposta